segunda-feira, 11 de maio de 2009

As Leis da Estupidez Humana! - Você tem que ler!


A primeira Lei da Estupidez Humana diz, sem qualquer sombra de dúvida, que:

1) Sempre e inevitavelmente as pessoas subestimam o número de indíviduos estúpidos na população.

A princípio tal afirmação parece trivial, vaga e maldosa. Uma análise mais detalhada mostrará sua real verdade. Não importa o quanto alguém exagere suas estimativas a espeito da estupidez humana, ele sempre será surpreendido pelos seguintes fatos:

a) Há pessoas que apesar de consideradas racionais e inteligentes, revelam-se vergonhosamente estúpidas.

b) Dia após dia, numa incessante monotonia, as pessoas são incomodadas e prejudicadas pela estupidez de alguns indivíduos, que aparecem subitamente e sem aviso nos lugares mais inconvenientes e nos momentos mais inoportunos.

A Primeira Lei não permite que um número específico seja atribuído à fração de pessoas estúpidas na população total de qualquer comunidade: TODA E QUALQUER estimativa se revelará subestimada. Portanto, de agora em diante, toda menção a essa incógnita inescrutável e intangível - a proporção de indivíduos estúpidos - será representada pelo símbolo místico: ĕ.

A Segunda Lei da Estupidez Humana contraria a presunção apressada de que os seres humanos são o perfeito resultado de um processo evolutivo. Geneticistas e sociologistas tentam incansavelmente demonstrar com um impressionante aparato de dados científicos, estatísticas e fórmulas que todas as pessoas são iguais e que, se algumas delas são melhores que as outras, isso se deve ao ambiente e não a circunstâncias inatas. Temos que discordar dessa visão popular.

Anos de observação e experimentação humana determinaram que os homens não são iguais. Alguns são estúpidos e outros não. Essa diferença está determinada em suas naturezas e não em fatores ou forças culturais, políticas, geográficas ou econômicas. Alguém é estúpido pelo mesmo motivo que outra pessoa é ruiva. Alguém é estúpido da mesma maneira pela qual pertence a determinado tipo sanguíneo. Ainda assim, apesar da evidente determinação genética da estupidez, não há motivos para advogar de forma reacionária discriminações de classe ou raça. A estupidez talvez seja o mais democrático dos traços humanos, distribuindo-se de maneira indiscriminável entre todos os grupos humanos, de acordo com ĕ. Esse fato é cientificamente expresso pela Segunda Lei, que diz:

2) A probabilidade de uma pessoa ser estúpida é independente de qualquer outra característica dessa pessoa.

Em outras palavras, encontra-se a mesma porcentagem de pessoas estúpidas em qualquer grupo humano, não importando seu tamanho e composição. É um mistério da natureza a razão desse fenômeno.

Uma simples prova é a análise de uma Universidade. Podemos dividir as pessoas que a compõe em cinco grandes grupos: os pesquisadores, os empregados, os estudantes, os administradores e os professores. Em qualquer um desses grupos, a proporção de estúpidos será ĕ, que - lembre-se - é um número sempre maior do que o que você espera. Esse número é constantemente maior do que o esperado em qualquer um dos grupos, de modo que não podemos jogar a culpa em fatores como educação ou atividade exercida. Mesmo que se estenda a análise aos ganhadores do prêmio Nobel do ano passado, ĕ estará lá, mostrando que sempre há mais pessoas estúpidas do que se imagina, independentemente de onde se procure!

A Terceira Lei da estupidez humana é também conhecida como a Regra de Ouro. Ela assume que, embora não o afirme explicitamente, que os seres humanos se dividem em quatro categorias básicas:

a) Os otários (helpless - H)
b) Os inteligentes (I)
c) Os bandidos (B)
d) Os estúpidos (stupid - S)

Como é fácil de perceber, cada categoria pertence a um quadrante (H, I, S e B) do gráfico abaixo, onde a seta horizontal (X) corresponde ao ganho pessoal obtido com uma ação e a seta vertical (Y) representa o ganho da outra pessoa envolvida nesta mesma ação.


Resumindo:
As ações do Otário (H) resultam em prejuízo próprio e benefício alheio.
As ações do Inteligente (I) resultam em benefício próprio e alheio.
As ações do Bandido (B) resultam em benefício próprio e prejuízo alheio.
As ações do Estúpido (S) resultam em benefício prejuízo próprio e alheio.

Apesar da simplicidade da classificação, a maioria das pessoas não age de maneira consistente. De acordo com as circunstâncias, oscilarão entre Bandidos, Inteligentes e Otários. A única exceção refere-se aos Estúpidos. Essas pessoas sempre estão à esquerda da linha Y e abaixo da linha X.

A Terceira Lei da Estupidez Humana diz, portanto:

3) Uma pessoa estúpida é uma pessoa que causa prejuízo para outra pessoa ou para um grupo de pessoas ao mesmo tempo em que não obtém qualquer ganho ou mesmo sofre prejuízos próprios.

Não é difícil entender o quanto o poder social, político ou institucional amplia o potencial de dano de uma pessoa estúpida. Ainda assim, temos que analisar e explicar mais profundamente o que torna a pessoa estúpida nociva aos demais, ou seja, onde reside o Poder da Estupidez. Essencialmente as pessoas estúpidas são perigosas porque as pessoas racionais encontram dificuldade em entender o comportamento irracional.

Uma pessoa Inteligente pode entender a lógica de um Bandido. Suas ações seguem um padrão de racionalidade (racionalidade de péssimo caráter, se você insiste). Se ele não é inteligente o suficiente para obter ganhos proporcionando ganhos, ele elabora um plano alternativo e parte para o caminho mais fácil. Conseguirá ganhos com o prejuízo de outro indivíduo (você, por exemplo). Isso é horrível e moralmente reprovável, mas é racional. Sendo racional, se você é uma pessoa inteligente, você pode entender a lógica, apesar de não concordar com ela, e tomar precauções.

Com uma pessoa estúpida tudo isso é completamente impossível. Como é explicado pela terceira lei, uma pessoa estúpida irá prejudicar outra sem qualquer motivo aparente, sem ganhos, sem nenhum tipo de planejamento e nos lugares e momentos mais improváveis. Não há maneira racional de prever por quê, como, onde e quando um Estúpido manifestará seu poder.

Quando confrontado com um Estúpido, você estará à sua mercê. Por não se submeter à racionalidade, concluímos que as regras que regem os atos de uma pessoa estúpida:

a) Pegam as outras pessoas totalmente de surpresa.
b) Mesmo que as pessoas racionais percebam o "ataque", não há como organizar uma defesa racional, pois o próprio ataque não possui estrutura racional.

A Quarta Lei da Estupidez Humana dita que os Otários, aqueles na região H do gráfico, não percebem o quanto as pessoas estúpidas são perigosas. Essa falha é apenas uma expressão natural e óbvia de sua falta de bom senso. O surpreendente é que as pessoas inteligentes - e até mesmo os bandidos - frequentemente são incapazes de reconhecer o poder de dano da Estupidez.

As pessoas comumente presumem que um Estúpido é capaz somente de fazer mal a si mesmo, confundindo os Estúpidos (S) com os Otários (H). Talvez isso se deva a sentimentos instintivos de pena e solidariedade, que são completamente sobrepujados pelo poder da Estupidez. Isso se reflete na Quarta Lei:

4) Pessoas não-estúpidas sempre subestimam o poder de dano das pessoas estúpidas. Em especial, esquecem-se o tempo todo de que associar-se com pessoas estúpidas em qualquer momento ou lugar, sob quaisquer circunstâncias, sempre resultará em dano pessoal.

Através dos séculos e milênios, na vida pública ou privada, incontáveis indivíduos foram malsucedidos em compreender as ramificações da Quarta Lei, causando perdas incalculáveis para a humanidade.

A Quinta Lei da Estupidez Humana nos leva a sair da análise individual e partir para a análise do bem-estar da sociedade como um todo.

É a lei mais citada universalmente. Resume-se a:

5) Uma pessoa Estúpida é o tipo mais perigoso e nocivo de pessoa.

e possui a variante:

5´) Uma pessoa Estúpida é mais perigosa que um Bandido.

É fácil entender. O resultado da ação de um Bandido é simplesmente a transferência (sem perdas - ou com poucas) de riqueza ou de bem-estar. Após sua ação, o Bandido conta com um ganho, ao passo que outra pessoa sofre uma perda. No total da sociedade como um todo, não há grandes mudanças.
Se todas as pessoas de uma sociedade fossem Bandidas, esta permaneceria estagnada, mas não haveria ganho ou perda real. Não haveria nenhum desastre. Tudo se resumiria a transferências entre os seus membros.

O problema se instala quando as pessoas Estúpidas entram em campo. Elas causam significativas perdas sem nenhum ganho pessoal. Dessa forma, a sociedade como um todo perde.
Em uma análise crua e simplista, todas as pessoas que agem à direita da linha POM do gráfico abaixo contribuem para o ganho geral. As pessoas à esquerda só geram perdas.







Após tanta teoria, gostaria de adicionar duas frases de meu amigo Kyle Bukowski, ex-filósofo pessoal de nossos congêneres, agora marido e pai:

- Errrrrr... Tsssssss!


"A inteligência humana tem limites. A estupidez, não."

"A inteligência da humanidade é limitada e constante. E a população não pára de crescer."




"As leis da estupidez humana" é uma livre adaptação do maravilhoso texto escrito pelo
finado carcamano Carlo M. Cipolla.
As fantásticas ilustrações (que me lembram a revista MAD de minha infância)
são de James Donelly.


4 Comentários:

Anonymous Rose disse...

"As ações do Estúpido (S) resultam em benefício próprio e alheio."

Não seria "as ações do estúpido (S) resultam em prejuízo próprio e alheio"?

12 de maio de 2009 às 10:28  
Blogger Der Hexenhammer disse...

Tem toda a razão! :)

Já corrigi, obrigado!

12 de maio de 2009 às 16:58  
Blogger Tigre disse...

E o fato de o próprio K.B. ter se casado e produzido descendentes é a maior prova de que suas teorias são verídicas...

14 de maio de 2009 às 07:23  
Blogger Tigre disse...

Aliás, segue post sobre casamento, pra você não ficar espalhando que eu abandonei meu bê-log...

http://moustachista.blogspot.com/2009/05/matrimonio-involucao-da-especie-parte-1.html

... chupa Kyle!

15 de maio de 2009 às 14:58  

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